Bolsonaro participou numa cerimónia de comemoração do 130.º aniversário do Colégio Militar do Rio de Janeiro.
Durante o evento, o Presidente brasileiro reiterou a sua defesa das escolas militares, pelo "respeito, disciplina e amor ao país" que são promovidos nessas instituições.
"O que traz um homem ou mulher para fora de uma situação difícil em que se encontram é o conhecimento. Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Respeito, disciplina e amor ao país são importantes fundamentos dessas escolas [militares]", afirmou o chefe de Estado brasileiro.
Enquanto Bolsonaro discursava dentro do Colégio Militar, alunos do ensino secundário e de universidades federais protestaram, no exterior, contra cortes de verbas anunciados pelo Governo brasileiro.
No local, concentraram-se centenas de estudantes do ensino secundário do Colégio Pedro II (CPII), uma escola pública tradicional com 13 mil alunos e afetada pelo anúncio recente do congelamento do orçamento.
As ruas à volta do Colégio Militar foram fechadas desde o início da manhã, mas muitos estudantes estavam nas ruas próximas, porque uma das oito unidades do Colégio Pedro II fica em frente àquela instituição.
A maioria dos alunos manifestou-se através de mensagens escritas em cartazes com frases como: "Educação não é gasto, é investimento".
Na semana passada, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou o seu plano de cortar investimentos nas faculdades de Filosofia e Sociologia, medida que Bolsonaro apoiou argumentando que o objetivo era focar "áreas que gerassem retorno imediato para o contribuinte, como veterinária, engenharia e medicina".
O executivo brasileiro anunciou depois o bloqueio de 30% dos recursos para as universidades federais de todo o país com o argumento de que o Governo dará prioridade à educação básica.
Foi também anunciado o congelamento do orçamento de escolas e instituições federais de ensino secundário, como o Colégio Pedro II.
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