“A União Europeia [UE] tem estado ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia e continuará a estar”, prometeu o alto representante da UE para a Política Externa, numa declaração no dia em que se cumprem dois anos desde invasão da Rússia à Ucrânia.
Já Kuleba, que elogiou pessoalmente o papel de Borrell, considerou que a UE tomou “decisões históricas”, com a entrega de armas à Ucrânia e as sanções contra a Rússia, bem como com o início das conversações de adesão, mas pediu mais apoio.
“Há muitas melhorias e decisões pela frente e trabalhamos em conjunto para garantir a sua rápida adoção”, disse o ministro ucraniano.
Em março de 2023, a UE prometeu que ia entregar até março deste ano um milhão de munições de grande calibre, especificamente de 155 milímetros, mas até novembro do ano passado tinha conseguido pouco mais de 300.000 munições, entre aquisição conjunta e reforço da produção.
No início de janeiro, vários governantes admitiram a impossibilidade de cumprir a promessa até março, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho.
Na quinta-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, escreveu aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE para pedir mais um maior gasto de dinheiro para fornecer armas à Ucrânia, que enfrenta falta de munições para combater a Rússia.
“As mensagens que ouvimos são inequivocamente claras: os soldados ucranianos têm determinação para lutar, mas precisam de munições. Urgentemente e em grandes quantidades”, afirmou o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros no conteúdo das cartas enviadas na quarta-feira aos ministros dos 27, ao qual a agência EFE teve acesso.
“Não fazer nada não é uma opção”, advertiu Josep Borrell.
Nos últimos dias, vários governos europeus insistiram na necessidade de coordenar melhor o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia, que assinou acordos bilaterais de segurança com o Reino Unido, a França e Alemanha.
A guerra na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma ofensiva militar com os argumentos de que queria defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.
A invasão russa provocou a crise de segurança mais grave da Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
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