“É evidente que a saída da Grã-Bretanha da União Europeia é preocupante do ponto de vista daquilo que é a segurança na União Europeia, e [de] todos os esforços que têm sido desenvolvidos no sentido de desenvolver uma capacidade de defesa na Europa”, disse o CEMGFA durante um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, que decorreu num hotel em Lisboa.
Apesar disso, o Almirante mostrou-se “convencido de que, no quadro daquilo que são as grandes questões de segurança que afetam a União Europeia, o Reino Unido vai, de alguma forma, manter-se unido”.
“Até porque nós temos sempre o cimento que nos agrega a todos, que é a NATO. E portanto, eu não acredito que haja uma questão que afete a União Europeia só, que não tenha também preocupações relativamente à NATO”, assinalou.
Assim, o CEMGFA advogou que “haverá sempre essa possibilidade de a Grã-Bretanha continuar empenhada em todas as questões que dizem respeito à segurança da Europa através da NATO”.
O parlamento britânico rejeitou na terça-feira o acordo de saída negociado com a União Europeia.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, que sobreviveu na quarta-feira à noite a uma moção de censura apresentada pelo Partido Trabalhista, o principal partido da oposição no Reino Unido, tem até à próxima segunda-feira para apresentar um plano alternativo, que será debatido e votado em 29 de janeiro.
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