"Podemos decidir que é tudo muito difícil e desistir, seja revogando o artigo 50.º, ou passar a decisão ao povo num segundo referendo", diagnosticou, numa intervenção ao encerrar o último de cinco dias de debate.
May disse acreditar ter "o dever de concretizar a decisão democrática do povo britânico e fazê-lo de uma forma que una de novo o país".
Um segundo referendo, alegou, criaria de novo discórdia no país, "sem consenso sobre a pergunta, quanto mais sobre a resposta", acrescentando que sair sem acordo não respeitaria o voto no referendo de 2016 e eleições antecipadas, como deseja o partido Trabalhista, não resolveria o impasse.
"No final de uma eleição a escolha permaneceria: ainda seria a ausência de Brexit, sair sem acordo ou sair com um acordo e não há garantia de que uma eleição facilitaria a aritmética do parlamento", vincou.
Perante o risco de mais meses de incerteza e discórdia, May resumiu: "Excluindo todas estas opções, ficamos com apenas uma: votar a favor deste acordo esta noite".
Hoje decorreu o último de cinco dias de debate, o qual será seguido pelo "voto significativo" sobre o acordo negociado pelo governo com Bruxelas para garantir uma saída ordenada da UE.
O documento define os termos da saída do Reino Unido da UE, incluindo uma compensação financeira, os direitos dos cidadãos e um período de transição que mantém o país no mercado único europeu até ao final de dezembro de 2020.
Também inclui uma a solução de salvaguarda para a província britânica da Irlanda do Norte, conhecida por ‘backstop', contestada tanto por adeptos como por opositores ao ‘Brexit' devido ao risco de deixar o pais "indefinidamente" numa união aduaneira sem poder de sair unilateralmente.
O voto é esperado depois das 19:00 horas, após a consideração de quatro propostas de emendas ao acordo, selecionadas pelo líder da Câmara dos Comuns, John Bercow entre um total de 13 submetidas.
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