Em declarações à Lusa, o vereador com o pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Azambuja, António José Matos (PS), explicou que a autarquia ribatejana espera ter concluído até ao final do ano o processo de candidatura da tauromaquia a património imaterial.
“Foi feito um levantamento intenso e percebeu-se que já vem de há muito a nossa génese no que diz respeito à tauromaquia, no que diz respeito ao adorar o touro, à diversão com o touro, à divindade do touro. Há uma trilogia touro, cavalo e campino que representam muito daquilo que somos”, justificou.
Nesse sentido, o autarca sublinhou que uma das particularidades do município, relativamente a outros com ligações taurinas, é que os seus habitantes “mesmo que não sejam dos mais aficionados às corridas de touros são em relação à figura do touro”.
“Não somos fundamentalistas, embora haja um grande sentimento de pertença ao touro”, apontou.
António José Matos destacou ainda o facto de “ninguém no atual executivo municipal ser anti-touradas, o que também facilita a elaboração do processo de candidatura”.
Relativamente ao processo de candidatura, que será submetido à Direção-Geral do Património Cultural, o autarca reconheceu que a sua materialização “não será fácil, mas não impossível”.
O município de Azambuja vai avançar sozinho nesta candidatura, reivindicando particularidades e uma “ancestralidade taurina”.
“Não somos um concelho taurino de agora, mas de há muito tempo. Está na nossa génese”, atestou.
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