Em declarações aos jornalistas no final da apresentação da moção de estratégia a sufragar na convenção da IL, que decorrerá a 21 e 22 deste mês, em Lisboa, Carla Castro, deputada, admitiu que pretende fazer do partido uma “solução na governação”, sublinhando, porém, que há “linhas vermelhas e azuis”.
“Temos as nossas linhas vermelhas, que são com quem não queremos estar, e as azuis, que são as circunstâncias com que poderemos estar. Mas mais importante neste momento do que falarmos em coligações é ganharmos todos os votos, é nós apresentarmos alternativas. As propostas liberais valem por si próprias e nós queremos ganhar os votos de todos os eleitores”, afirmou.
Para a também deputada, que disputará a liderança da IL contra o deputado Rui Rocha e o conselheiro nacional José Cardoso — ambos apresentam ainda hoje as respetivas moções estratégicas — as “linhas vermelhas” passam pelo Chega, de André Ventura, e o Partido Socialista, “que é o responsável pelo ‘arco de governação’ que tem promovido a estagnação do país”.
“E as linhas azuis são as nossas condições para um Portugal mais liberal”, sustentou Carla Castro, cuja Moção de Estratégia se intitula “Um País em Liberdade e em Prosperidade”.
“Queremos ser a terceira força política nacional e, para isso, temos um programa ambicioso, quer de robustecimento interno do partido no país, em que sabemos perfeitamente como o fazer crescer e descentralizar e convocar a energia de todos os liberais”, argumentou.
Carla Castro acrescentou que pretende, paralelamente, um partido “virado para fora”, utilizando, para tal, “momentos liberais a academias liberais de pertença e de abertura à sociedade civil”.
“Queremos e temos ambições de ser não apenas uma oposição, mas sim uma alternativa e, para isso, é importante crescer e afirmar as nossas políticas. Em termos de objetivos eleitorais, vamos querer eleger na Madeira, multiplicarmos a representação nos Açores e vamos prepararmo-nos desde já para as eleições europeias”, observou.
A candidata à liderança da IL disse ainda que pretende consolidar o crescimento a nível nacional, o que significa preparar as eleições autárquicas, uma vez que o partido estará “sempre pronto para as legislativas”, quer antecipadas quer no final da legislatura.
“Não vamos deixar nem segmentos nem territórios abandonados. Queremos convocar e marcar a agenda política. Esse é um desígnio que temos de ter”, frisou.
“Algo que é muito claro nesta equipa é estarmos a preparamo-nos todos os dias. O robustecimento do partido quer a nível local quer a nível nacional faz-se todos os dias. Não se faz por espasmos, não se faz por títulos, não se faz por ideias soltas.
Faz-se por uma robustez no trabalho e esta é uma equipa de trabalho, de convicção e estruturada”, concluiu.
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