Com mais de 95% dos votos já contados, Carlos Alvarado, ex-ministro do Trabalho, de 38 anos, ficou à frente do pastor evangelista Fabricio Alvarado (sem parentesco), que obteve cerca de 39,3% dos votos.

"Esta eleição permitiu-nos, como país, olhar para nós mesmos ao espelho. Nesse espelho, vimos um país diverso, com diferentes pontos de vista, com desigualdades que devemos trabalhar, para dar mais oportunidades em algumas partes do país. A nossa tarefa deve ser a de unir o país, disse Carlos Alvarado à multidão de apoiantes, durante o discurso de vitória.

O candidato conservador, líder do Partido de Restauração Nacional, já reconheceu a derrota e deu os parabéns ao opositor.

“Não vencemos as eleições, mas podemos aceitar este resultado com a cabeça levantada”, afirmou Fabricio Alvarado.

As eleições foram marcadas pelos temas do casamento homossexual e da religião.

O candidato conservador era fortemente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e durante a campanha eleitoral anunciou que retiraria a Costa Rica do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos se viesse a ser eleito.

Na primeira volta, realizada em fevereiro, o pastor evangélico Fabricio Alvarado foi o candidato mais votado nas presidenciais da Costa Rica, mas não atingiu os 40% dos votos, exigidos pela lei eleitoral, o que levou à realização de uma segunda volta.

A Costa Rica é considerada um dos países mais progressistas da América Central, com uma taxa de alfabetização de 97,5% e um investimento de mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, segundo a Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultural (UNESCO).

O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU em 2016 colocou o país na 66.ª posição mundial e no terceiro lugar na América Latina.