O Presidente da República divulgou no sábado a lista de 14 pedidos formulados por Nuno Rebelo de Sousa, salientando que foram na qualidade de presidente da Câmara de Comércio Luso-Brasileira de São Paulo e “todos eles de natureza funcional”.
“Nós já temos esses elementos na nossa posse, estamos a avaliá-los também e, se necessário, avançaremos com uma investigação parlamentar”, afirmou André Ventura aos jornalistas em São Pedro do Sul, onde hoje participou no almoço-comício de encerramento da quarta edição da Academia Política de Verão.
Na opinião de André Ventura, “cabe agora às autoridades e ao parlamento fazerem o apuramento sobre se estes pedidos ou cunhas” feitos pelo filho de Marcelo Rebelo de Sousa “tiveram o mesmo tratamento que o caso das gémeas, que acabaram por ter um tratamento de milhões irregularmente”.
“Em qualquer caso, dá a sensação aos portugueses que a cunha é o elemento mais institucional da nossa vida política e isso é muito negativo quando vem do próprio Presidente da República”, considerou.
O deputado frisou que o Chega só avançará para uma investigação parlamentar se for mesmo necessário, até porque o Presidente da República está no último ano de mandato.
“Nos próximos meses o cenário político vai-se clarificar também quanto a candidatos presidenciais. E eu penso que nós devemos ter também a ponderação necessária de perceber o momento político que estamos a viver e o momento já é muito instável em si próprio”, acrescentou.
No entanto, isso não significa que o Presidente da República possa estar acima da lei, esclareceu: “Estamos a avaliar e, se necessário, repito, se necessário, criaremos novas investigações parlamentares sobre a ação do Palácio de Belém em matéria de favores e de favorecimentos”.
Numa nota publicada no portal da Presidência da República, refere-se também que, dos 14 pedidos de Nuno Rebelo de Sousa, filho do chefe de Estado, oito foram indeferidos e seis deferidos, a maioria deles sobre participantes na Web Summit em Lisboa.
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