Entre os visados estão dois elementos da guarda pessoal do príncipe herdeiro, nomeadamente Saud al-Qahtani e o seu subordinado Maher Mutreb, bem como o cônsul geral da Arábia Saudita em Istambul, Mohammed Al-Otaibi.
As sanções económicas juntam-se à proibição de viajar para os Estados Unidos já em vigor para os mesmo 17 suspeitos sauditas.
As novas medidas preveem o congelamento de quaisquer ativos que os 17 tenham nos Estados Unidos e proíbem todos os negócios de cidadãos norte-americanos com eles.
As autoridades norte-americanas afirmam ter pressionado o Governo saudita para que faça uma investigação completa ao assassínio de Khashoggi.
As sanções foram anunciadas no mesmo dia em que o Ministério Público da Arábia Saudita pediu penas de morte para cinco dos acusados de envolvimento da morte do jornalista, admitindo que Jamal Khashoggi foi morto e desmembrado no consulado do país em Istambul.
O MP ilibou o príncipe herdeiro Mohammed ben Salmane, sobre quem recaíam suspeitas de ter ordenado o assassínio de Khashoggi.
Segundo explicações de Riade, o plano para assassinar Khashoggi foi posto em marcha a 29 de setembro, três dias antes da morte do jornalista, e foi o chefe-adjunto dos serviços de informações sauditas, general Ahmed al-Assiri, que ordenou o regresso forçado de Khashoggi à Arábia Saudita.
A ordem para matar o jornalista foi dada pelo chefe da equipa de "negociadores", segundo o MP saudita.
Numa reação, o chefe da diplomacia da Turquia, Mevlüt Cavusoglu considerou "insuficientes" as explicações do Ministério Público da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista, insistindo no caráter premeditado da operação.
A diplomacia turca apelou para que sejam revelados os "verdadeiros mandantes" da operação.
"Este caso não pode ser encerrado desta forma", disse Cavusoglu, assegurando que a Turquia fará tudo "o que estiver ao seu alcance para fazer luz sobre todos os aspetos desta morte".
Jamal Khashoggi, jornalista saudita crítico do regime, foi morto em 02 de outubro no consulado saudita em Istambul, na Turquia.
A Arábia Saudita começou por assegurar que o jornalista tinha saído do consulado vivo, mas depois mudou de versão e admitiu que foi morto na representação diplomática numa luta que correu mal.
Segundo a investigação turca, Khashoggi foi morto por um esquadrão de agentes sauditas que viajaram para Istambul com esse fim.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse por várias vezes que a ordem para matar Khashoggi "foi dada ao mais alto nível do estado" saudita.
As autoridades sauditas detiveram 21 suspeitos de ligações à morte do jornalista e adiantam que 11 foram já acusados.
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