A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Winston Peters, afirmaram, numa conferência de imprensa, dada esta manhã, que expulsariam todos os espiões russos do país… se houvesse algum.
O governo neozelandês condenou o ataque e apoiou a mais recente ação da comunidade internacional que resultou na expulsão de mais de 100 funcionários russos, na sequência do envenenamento do ex-espião Serguei Skripal e da sua filha, Yulia, mas afirmam que não há “espiões russos” no país.
Peters explicou ainda que o embaixador russo no país foi chamado para a Wellington para “reiterar a séria preocupação” com o sucedido em Salisbury e fazer com que essa mesma mensagem chegue a Moscovo.
“Enquanto outros países anunciaram que vão expulsar, indiscriminadamente, funcionários russos, as nossas fontes oficiais informaram-nos de que não há quaisquer indivíduos na Nova Zelândia que encaixem no perfil anunciado. Se houvesse já teríamos agido”, afirmou Ardern citada pelo jornal britânico 'The Guardian'.
A líder do governo disse que ia agora analisar as possibilidades de o país contribuir para ajudar a comunidade internacional a condenar os ataques que têm sido atribuídos à Rússia.
O caso Skripal provocou uma grave crise diplomática entre a Rússia, o Reino Unido e os países ocidentais.
A 14 de março, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a atividade do British Council na Rússia.
Na passada segunda-feira, os Estados Unidos anunciaram na passada ter ordenado a expulsão de 60 funcionários diplomáticos russos em resposta ao envenenamento com gás neurotóxico do ex-espião duplo Serguei Skripal e da sua filha, Yulia, no Reino Unido, no dia 4 de março.
Mais tarde, vários outros países do ocidente, entre os quais a Alemanha, França, Itália e Espanha, anunciaram medidas semelhantes. Esta ação concertada vai envolver a expulsão de mais de 100 funcionários russos.
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