“Nós os catalães abominamos a violência, acreditamos no diálogo. Como já disse o presidente Carles Puigdemont, aproxima-se a hora da negociação. De igual para igual”, afirmou Jordi Sànchez, deputado do Juntos pela Catalunha, numa publicação feita na rede social Twitter.
Jordi Sànchez acrescentou que “é hora de formar Governo [na Catalunha] e que Madrid se deve mentalizar que terá de se sentar” a negociar.
Este deputado regional foi escolhido para presidente da Generalitat, apesar da sua situação judicial.
No início deste mês, o ex-conselheiro catalão Jordi Turull renunciou à candidatura à tomada de posse e o ‘número dois’ do Juntos pela Catalunha, Jordi Sànchez, aceitou voltar a concorrer à presidência da Generalitat, tal como propusera Carles Puigdemont.
Turull, em prisão preventiva, enviou uma carta do presidente do Parlamento, Roger Torrent, em que anuncia a renúncia, ao mesmo tempo que Sànchez, também preso, dirigiu outra missiva ao grupo parlamentar do Juntos pela Catalunha em que propõe a candidatura, “decisão juridicamente justa e politicamente necessária”.
Contudo, como Sànchez não conta com todos os votos necessários, o presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, está a realizar uma ronda de contactos com os diversos grupos, que termina hoje.
No final de março, um juiz espanhol emitiu mandados de detenção europeus e internacionais contra seis dirigentes independentistas pelo seu papel na tentativa de secessão da Catalunha, entre os quais o antigo presidente Carles Puigdemont, anunciou o Supremo Tribunal, em Madrid.
No total, o juiz Pablo Llarena acusou formalmente 13 dirigentes por “rebelião”, uma infração passível de 30 anos de prisão.
Llarena também decidiu aplicar prisão efetiva sem fiança à ex-presidente do parlamento catalão Carme Forcadell, ao candidato à presidência do Governo regional, Jordi Turull, e aos ex-conselheiros (ministros regionais) Raúl Romeva, Josep Rull e Dolors Bassa.
O juiz considera que estes políticos separatistas catalães atuaram em conluio nos últimos seis anos para executar um plano que levava a uma declaração de independência da Catalunha, contra a Constituição espanhola.
Estes independentistas juntam-se a outros que já estão detidos de forma cautelar há alguns meses: o ex-vice-presidente do Governo regional Oriol Junqueras, o ex-conselheiro Joaquim Forn, o ex-presidente de uma associação cívica separatista que agora é deputado regional, Jordi Sánchez, e o presidente da associação Òmnium Cultural, Jordi Cuixart.
Pablo Llarena estimou que, ao todo, são 25 os independentistas que vão ter de responder por delitos de rebelião, desobediência ou peculato (desvio de fundos públicos).
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