Numa declaração aos jornalistas, o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares afirmou que, “neste momento, Portugal está muito atrasado na execução destes fundos”.
“O quadro comunitário acaba em 2020, chama-se mesmo Portugal 2020 e, portanto, deve ser normalmente executado até 2020”, salientou o parlamentar.
Apontando que “execução deste quadro está muito abaixo daquilo que seria desejável”, Pedro Mota Soares referiu que, “comparando o que é comparável, a execução deste quadro está 10 pontos percentuais abaixo da execução que estava no anterior quadro comunitário, num período igual”.
“E isso, como é óbvio, preocupa-nos muito”, salientou o deputado, defendendo que “Portugal precisa dessas verbas para se continuar a desenvolver, e continuar a crescer do ponto de vista económico”.
Assim, o centrista acusou o Partido Socialista de estar a “desperdiçar essas verbas, o que é gravíssimo”, no momento em que “Portugal mais precisa”.
“São verbas muito importantes para desenvolvermos a nossa economia, as nossas empresas, a qualificação dos portugueses, são verbas muito importantes para conseguirmos diminuir as desigualdades, termos mais coesão, quer no plano territorial, quer no plano social”, elencou.
O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, disse hoje, no parlamento, que dos 26 mil milhões de euros já colocados à disposição de Portugal pela Comissão Europeia, 34%, ou seja, nove mil milhões de euros já estão executados.
Falando numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o ministro indicou ainda que 77% do valor total já está contratualizado com diversos tipos de beneficiários, de que são exemplo empresas, municípios, instituições de economia social e coletividades.
Com uma dotação global de cerca de 26 mil milhões de euros, o programa Portugal 2020 (PT 2020) consiste num acordo de parceria entre o país e a Comissão Europeia, “no qual se estabelecem princípios e as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.
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