“Não basta apontar o dedo e produzir a crítica fácil, queremos oferecer mais, uma perspetiva de esperança para as novas gerações. E quanto à esperança, permitam-me que vos diga: os jovens e os portugueses em geral ganharam uma nova esperança com o regresso do CDS à Assembleia da República”, considerou.

Francisco Camacho falava perante o 31.º Congresso do CDS-PP, que decorre hoje e domingo, em Viseu, no discurso de apresentação da sua moção estratégica global intitulada “Assegurar o Futuro”.

Na sua intervenção, Camacho defendeu que “foi nos momentos mais duros, nos momentos de maior falta de esperança” que a JP e o CDS mostraram “a sua fibra”.

“Não podemos cometer o erro de encarar o regresso do CDS ao Parlamento como o fim de uma batalha, mas sim como o início de uma nova fase de trabalho dedicado e incansável. Na verdade, com cada vitória, vem-nos a obrigação de defender a posição conquistada. Porque nada é definitivo”, alertou.

O líder da juventude partidária centrista manifestou disponibilidade para ajudar os dois deputados no parlamento – Paulo Núncio e João Almeida – através de grupos de trabalho.

Na sua intervenção, dirigente manifestou preocupação com áreas como a natalidade, a erradicação da pobreza, a habitação, educação e segurança, e a fuga de jovens para o estrangeiro.

“Há quatro anos rompemos com o preconceito de que as políticas de habitação só se podiam construir à esquerda, fizemos o nosso caminho e hoje grande parte delas esta concretizada no programa de Governo”, salientou.

Para o líder da JP, “assegurar o futuro tem de responder na natalidade e na família”.

“Não precisamos que ninguém nos explique ou imponha a sua visão social, mas também não devemos admitir que outros neguem um modo de ser e estar e de viver em família”, defendeu.

Camacho terminou o seu discurso com um apelo.

“Se o presente está garantido, só depende de cada um de nós nesta sala assegurar o futuro do CDS-PP. Não o pedimos, a poucos dias dos 50 anos do 25 de Abril, por quem, com muita coragem, fundou o partido debaixo de fogo, nem por quem o refundou nos anos 90. Pedimos antes, um CDS-PP que assegure um futuro pela minha geração e pela geração da minha filha que está por vir”, rematou.