"Os dados hoje divulgados pelo BdP confirmam aquilo que o CDS vem dizendo há muito tempo relativamente ao crescimento económico: que Portugal está a perder uma enorme oportunidade de recuperar competitividade", disse João Almeida no parlamento.
O BdP piorou hoje as projeções de crescimento de Portugal, esperando que o Produto Interno Bruto (PIB) aumente 2,1% este ano e 1,8% no próximo, desacelerando progressivamente o ritmo de crescimento até aos 1,6% em 2021, no seu boletim económico de dezembro.
"É mais grave aquilo que agora o BdP confirma porque sucede àquilo que já a Comissão Europeia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e até o próprio Governo, no relatório do Orçamento do Estado, tinham antecipado, que é um arrefecimento da economia portuguesa. Verificamos não só que a melhor oportunidade já está perdida como está a terminar", afirmou o deputado centrista.
O banco central antecipou que a economia portuguesa cresça 2,1%, menos 0,2 pontos percentuais do que o esperado em outubro, e abaixo dos 2,3% estimados pelo Governo, com as previsões do crescimento das exportações a caírem também dos 5% (de outubro) para os 3,6%.
"Aprovado que está um orçamento de uma política que entendemos como errada, é fundamental abrir um ciclo de alternativa a esta política económica. Esta política económica esgotou-se, não só perdeu a oportunidade como não tem soluções para no futuro conseguir aquilo que não conseguiu com esta conjuntura", continuou João Almeida.
Segundo o parlamentar democrata-cristão, "o CDS está empenhado em construir um programa eleitoral que permita aos portugueses ver a alternativa" para que Portugal não continue "a perder posições e na cauda da Europa".
As projeções macroeconómicas do BdP, que atualizam as projeções macroeconómicas para o período 2018-20 e divulgam, pela primeira vez, projeções para 2021, estimam que a economia portuguesa deva prosseguir uma trajetória de crescimento da atividade, embora "em desaceleração", em linha com as projeções para o mesmo período publicadas para o conjunto da área do euro pelo Banco Central Europeu (BCE).
No quarto e último Orçamento do Estado da presente legislatura, no que respeita ao cenário macroeconómico, o Governo visa atingir um défice de 0,2%, uma dívida na ordem dos 118,5% do PIB, um crescimento de 2,2% e uma taxa de desemprego que ronde os 6%.
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