“Aproveitei, de manhã, o último calor que se faz sentir no mês de outubro e vou votar ao fim da tarde”, disse Sónia Marmelo à Lusa.
A contabilista acrescentou que as pessoas não devem deixar de ir votar porque, “para nos manifestarmos, quando não estamos satisfeitos, temos de dar o nosso contributo”.
Opinião semelhante tem António Coimbra, que salienta que as pessoas não devem arranjar desculpas para não votar, e acrescenta que “é uma má ideia dizer que está sol ou que tenho que ir ver o Sporting-Porto e não vou votar”, pois é possível fazê-lo "das 08:00 até às 19:00”.
Já Fernando Magalhães, empresário de Torres Novas, recusa-se a fazer 300 quilómetros para ir preencher um boletim de voto.
“Hoje não votei, sou de Torres Novas e não vou fazer 300 quilómetros para ir fazer uma cruz no quadrado”, no entanto, “considero que é importante ir votar e se tivesse alguma dúvida [em relação ao resultado], iria”.
João Fernandes foi a Carcavelos para ‘surfar’, mas antes passou pela assembleia de voto de Cascais e verificou que “não estava praticamente ninguém a votar”.
O bom tempo pode contribuir para o aumento do número de abstenções, disse à Lusa. “Gostava de acreditar que não [vai influenciar] mas, infelizmente, acho que sim”, sublinhou.
Teresa Sousa considerou que o bom tempo não será um pretexto para a população deixar de exercer o seu dever.
“Acho que é um dever que temos, dá perfeitamente para fazer as duas coisas”, referiu.
A assistente financeira, por seu lado, disse ter encontrado muita afluência às mesas de voto, uma vez que teve "muita dificuldade em estacionar o carro”.
As urnas abriram às 08:00 e encerram às 19:00, no continente e na Madeira (uma hora mais tarde nos Açores, devido à diferença horária), e são chamados a votar cerca de 9,4 milhões de eleitores para escolher os autarcas de 308 câmaras municipais e de 3.092 freguesias.
Esta é a 12.ª vez que os portugueses vão eleger os seus autarcas em 43 anos de democracia.
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