“Nós exageramos muito as dificuldades em que nos encontramos hoje. Emprego, salários e consumo nunca foram tão altos como agora. Isto significa que a desigualdade (e) pobreza nas nossas economias foram tão reduzidas”, disse a uma audiência de estudantes numa universidade britânica.
O ex-ministro das Finanças respondia a uma questão sobre o crescimento dos partidos de extrema-direita na Europa e as eleições legislativas em Portugal de 10 de março, à qual hesitou em responder porque “tem pouco a ver com política monetária" e porque não queria interferir no debate político.
Ainda assim, considerou ser importante "enfrentar os desafios”.
“Precisamos de muita informação para o debate, não esconder ou fugir às dificuldades que enfrentamos, que são muito menores do que as que enfrentámos há 10, 20, 30 anos atrás”, vincou.
Centeno sublinhou que o nível de formação nas economias europeias continua a aumentar e que "essa é a melhor forma de partilhar prosperidade”.
“É verdade que enfrentamos desafios, mas vamos enfrentá-los”, concluiu.
Centeno falava durante uma palestra na Warwick Economics Summit, uma conferência organizada por estudantes da Universidade de Warwick sobre economia e política internacional, onde fez uma intervenção intitulada “Política Monetária e o Mercado de Trabalho europeu”.
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