“O Programa de Estabilidade vai ser apresentado para a semana. Não gostaria de entrar em detalhes”, afirmou Mário Centeno aos jornalistas, no final da reunião da Comissão Permanente da Concertação Social, em Lisboa, na qual apresentou as "grandes linhas" desse documento aos parceiros sociais.
As centrais sindicais CGTP e UGT disseram hoje, no fim da reunião, que o ministro das Finanças as informou de que não haverá aumentos de salários para a função pública em 2019. A CGTP acrescentou ainda que, no âmbito do Programa de Estabilidade, o Governo prevê uma redução da dívida pública de 23 pontos percentuais para 102% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
O governante, nas declarações aos jornalistas, recusou confirmar quaisquer números, nem as novas perspetivas sobre o défice e o crescimento da economia.
Na quinta-feira, o Eco e o Jornal de Negócios noticiaram que o Governo já tinha iniciado as reuniões com os parceiros parlamentares sobre o Programa de Estabilidade, apresentando novas estimativas para este ano, de um défice orçamental de 0,7% do PIB e um crescimento económico de 2,3%.
No Orçamento do Estado para 2018, o executivo previa um défice orçamental de 1,1% do PIB (com o impacto de 0,1 pontos das medidas de apoio e resposta aos incêndios do ano passado) e um crescimento económico de 2,2%.
Segundo o ministro, o que o Programa de Estabilidade trará é projeções “muito positivas” para a economia e finanças públicas equilibradas, considerando que “qualquer desvio na trajetória coloca em causa a prossecução dos objetivos” a que o Governo se propôs.
“Estou obcecado em garantir a estabilidade da trajetória financeira e orçamental portuguesa. Nunca antes Portugal tinha cumprido as metas propostas”, afirmou Centeno.
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