O hospital respondia às críticas do presidente da Câmara de Amarante, o social-democrata José Luís Gaspar, sobre alegadas deficiências de funcionamento do equipamento.
"Na sequência das declarações do senhor presidente da Câmara Municipal de Amarante, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) rejeita liminarmente que o Hospital de Amarante esteja ao abandono", pode ler-se num comunicado enviado à Lusa.
A administração daquele centro hospitalar, que reúne as unidades de Penafiel e Amarante, admite no comunicado haver "algum potencial por explorar no novo hospital de Amarante", mas refere que "tem vindo aumentar a oferta de cuidados de saúde em todas as áreas e em especial ao nível da cirurgia de ambulatório".
A posição do CHTS ocorre depois de José Luís Gaspar, em declarações à Lusa, ter dito que "o que se está a passar [no hospital] é muito mau" e que "40 milhões de euros de investimento estão votados ao abandono".
"O que se está a passar é muito mau. Toda a gente se queixa. São 40 milhões de euros investidos votados ao abandono", comentou o autarca.
Em comunicado de resposta ao autarca do PSD, o hospital refere, sobre o funcionamento da urgência em Amarante nos últimos três anos, que "os recursos humanos foram reforçados ao nível dos enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos" e que "há uma melhoria do tempo médio entre admissão e triagem".
Acrescenta que, em termos cirúrgicos, de 2016 para 2017, "registou-se no hospital um aumento de 75% na cirurgia de ambulatório, com a realização de 5.305 cirurgias".
A administração do CHTS alude ainda ao que diz ter sido o "forte aumento da atividade na consulta externa em várias especialidades, destacando Endocrinologia e neurologia.
Na medicina interna, lê-se no comunicado, o número de camas passou de 48 para 65 e "apresenta uma elevada taxa de ocupação".
A administração do CHTS conclui que os números revelados no comunicado contrariam a ideia de que o hospital de Amarante tenha sido votado "ao abandono".
Num primeiro momento, sobre as declarações do presidente do município de Amarante, fonte da administração do CHTS disse à Lusa que tem procurado "aumentar gradualmente a produção do hospital de Amarante" e que o assunto "tem sido tratado" em reuniões com a câmara e com a tutela. A fonte acrescentou que, "sobre o resto", não havia "comentários a fazer".
Horas depois, em comunicado, a administração lamentou “qualquer tentativa de politização em torno do hospital de Amarante e recordou os factos referidos que “não podem, convenientemente, ficar esquecidos".
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