Com a palavra de ordem “hoje o Santander, amanhã outro qualquer” e faixas com frases como “parar despedimentos” ou “em defesa dos bancários”, os manifestantes exigem o fim do processo de despedimentos e um programa “digno” de rescisões voluntárias em que os trabalhadores possam avaliar sem pressões se aceitam sair.
O Santander anunciou, no final de abril, um acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano e o despedimento de mais 100 a 150 postos de trabalho “cujas funções se tornaram redundantes”.
Em causa estão sobretudo trabalhadores de balcões fechados a que o Santander propôs a saída mas que não aceitaram.
O SNQTB diz que desde setembro o banco se tem dirigido a esses trabalhadores a propor a saída de forma agressiva e sem condições justas e equilibradas.
O presidente do SNQTB considerou esta situação inaceitável num dos maiores grupos bancários do mundo e num banco lucrativo e eficiente em Portugal, e disse que o sindicato pretende que haja um processo de rescisões por mútuo acordo transparente e sem pressões, em que sejam oferecidas melhores condições e que o processo de saída seja diluído ao longo do tempo.
Sobre a decisão tomada pelo Santander de adiar temporariamente a aplicação das medidas (após reuniões com sindicatos filiados na UGT, SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal, Sindicato dos Bancários do Centro e Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias – Mais Sindicato), o SNQTB considera que é insuficiente e que o processo tem é de ser cancelado.
Os sindicalistas hoje presentes na manifestação temem ainda que este processo do Santander Totta seja só o início e que o banco se prepare para fazer mais despedimentos.
Já o porta-voz do Santander Totta, João Paulo Velez, considerou o protesto uma ação ” legítima”, mas lamentou que não haja neste sindicato uma atitude de diálogo existente em outros sindicatos e considerou que o banco oferece aos trabalhadores que aceitem sair “benefícios” superiores à média do mercado, desde logo com a manutenção do subsistema de saúde SAMS.
O responsável do Santander Totta não quis indicar as propostas financeiras feitas, referindo que dependem de cada caso.
Sobre o objetivo do Santander Totta neste processo, afirmou que é “garantir a sustentabilidade” do banco num negócio bancário em mudança.
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