De acordo com a delegada sindical, Vivalda Silva, deveriam ter-se apresentado ao trabalho ao turno da manhã de hoje entre 30 a 35 funcionários de limpeza, dos quais 65% fizeram greve.
Trabalham diariamente cerca de 70 a 80 funcionários de limpeza neste hospital, num serviço entregue em ‘outsourcing’ à empresa Iberlim.
Além da greve, os trabalhadores realizaram uma manifestação no hospital, que decorreu entre as 09:30 e as 11:30, “sem haver nenhum problema”, disse Vivalda Silva.
As razões da greve e do protesto prendem-se com “a falta de pagamento do trabalho em feriados, que é pago a 65% sem ser concedido o respetivo descanso compensatório”.
Outra das reivindicações é o cumprimento de um acordo específico que existe no local de trabalho e que está relacionado “com a atualização do subsídio de alimentação e o cumprimento de um acordo em relação a um subsídio de transporte, que a empresa paga em parte aos funcionários mais antigos, mas não aos mais recentes”, afirmou.
“A empresa deixou de cumprir o acordo, não atualizou a verba para os funcionários e decidiu que não tinha de pagar este subsídio aos empregados mais novos”, explicou.
Segundo a sindicalista, os trabalhadores pedem ainda uma negociação séria e responsável por parte da empresa, que acusam de não querer negociar, assim como o respeito pelo trabalho, em termos de materiais para trabalhar.
“Muitos não conseguem - por não terem condições de trabalho - fazer a limpeza como deviam, e isso não pode acontecer num hospital”, salientou.
A greve e o protesto foram marcados pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Profissões Similares e Atividades Diversas (STAD).
Os serviços de limpeza e higiene do hospital Curry Cabral estão concessionados à empresa de limpeza Iberlim, que a Lusa tentou contactar, sem sucesso.
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