Ucrânia e Rússia encontraram-se há duas semanas, na Turquia, para começarem a discutir um possível fim da guerra e segunda-feira, dia 2 de junho, poderá existir um novo encontro.

Qual a notícia?

A Ucrânia revelou que está "disposta" a negociar com a Rússia na próxima segunda-feira, mas quer uma "discussão construtiva".

"A Ucrânia está disposta a participar da próxima reunião, mas desejamos uma discussão construtiva", declarou a presidência ucraniana em comunicado.

Também destacou que é "importante" que a Rússia entregue à Ucrânia, antes da reunião prevista para segunda, o "memorando" que está a preparar, onde expõe as suas condições para chegar a um acordo de paz duradouro.

E qual a reação da Rússia?

Moscovo acedeu e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, afirmou que a Rússia espera que esta reunião seja apoiada por "todos aqueles que estão sinceramente, e não apenas em palavras, interessados no sucesso do processo de paz".

Lavrov disse que também falou com o secretário de Estado dos EUA e apresentou-lhe as "propostas específicas" de Moscovo para a próxima ronda de negociações.

Houve mais reações?

Sim, de Volodymyr Zelesnky, presidente da Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de querer sabotar a reunião de segundo-feira ao não enviar o seu “memorando” com as condições para um acordo de paz.

“Há mais de uma semana que os russos são incapazes de apresentar o memorando”, queixou-se Zelensky nesta sexta, numa referência a um documento que a Rússia prometeu enviar durante este segundo ciclo de negociações diretas.

“Infelizmente, a Rússia está a fazer tudo o possível para que um possível próximo encontro não traga nenhum resultado”, acrescentou.

E qual a resposta da Rússia?

A Rússia, através do seu porta-voz, Dmitri Peskov, reiterou que só revelará o memorando no âmbito das conversas de paz, a partir de segunda-feira.

Tudo aponta, assim, para que segunda-feira possa haver nova reunião entre Ucrânia e Rússia, com mediação da Turquia e EUA.