Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da central sindical, Arménio Carlos, afirmou que o anúncio feito hoje pela Comissão Europeia, que recomendou hoje ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o encerramento do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) aplicado a Portugal desde 2009, é "tardio, mas inevitável"
"A política de cortes, a política de recessão, a política de redução de direitos levaram o nosso país à situação que é de todos conhecida, com a saída do anterior Governo. Com este Governo, iniciou-se um novo processo de reposição de rendimentos e de direitos. Provou-se que era possível fazer diferente e melhorar minimamente as condições de vida e de trabalho e, simultaneamento, pôr a economia a crescer", declarou.
Arménio Carlos afirmou que é fundamental que Portugal não se deixe "condicionar pelas pressões e chantagem" e que "este Governo tem a responsabilidade moral e política de aproveitar o momento de organização e discussão do Orçamento do Estado para ir mais longe e, neste caso, responder às necessidades e anseios dos portugueses e portuguesas".
Isso passa por dinamizar a procura interna, melhorar a economia através do investimento público, aumentar a produção e as exportações, defendeu.
Só assim se evitará que Bruxelas continue a tentar "condicionar o que tem a ver com o futuro" do país, considerou.
O primeiro-ministro considerou que a decisão de Bruxelas de retirar Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) constitui uma prova de confiança e o reconhecimento de que o país está num ponto de viragem.
António Costa afirmou que será gradual e equilibrada a reposição dos anteriores escalões do IRS no próximo ano, defendendo que os passos a dar têm de ser sustentáveis para que Portugal evite um novo processo traumático.
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