"Urge implementar dinâmicas de atração e retenção de militares nos regimes de contrato e voluntariado, de modo a inverter a presente tendência de diminuição progressiva de efetivos", defendeu, em Guimarães, Nunes da Fonseca, na sua primeira intervenção pública na cerimónia militar que assinalou o fecho das celebrações do Dia do Exército, no Campo de S. Mamede, em Guimarães.
O novo responsável pelo Exército, que discursava frente ao novo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, referiu que "ainda no quadro motivacional, e relativamente aos restantes militares do Exército, será identicamente importante refletir e aplicar racionais que melhor correspondam à realidade atual, em termos de admissões e de perspetivas de carreira".
Nunes da Fonseca, que felicitou Gomes Cravinho no exercício do novo cargo, que ocupa há cerca de 10 dias, aproveitou ainda a cerimónia para "ressaltar a importância do reequipamento".
"O Exército continuará a pugnar pela modernização e aquisição dos seus sistemas de armas, a par da edificação de novas capacidades, a fim de preservar a sua identidade de força armada, capaz oportuna e proficiente", acentuou.
Salientando que o Exército "foi, é e continuará a ser uma instituição estruturante do Estado, cuja missão principal é a defesa da pátria", o CEMA lembrou os desafios atuais, referindo que "irão exigir, de todos, humildade, objetividade, forte determinação e crescente dedicação".
Num discurso em que lembrou a importância do Campo de S. Mamede na fundação de Portugal, o substituto do general Rovisco Duarte exigiu que os homens do seu ramo das Forças Armadas se esforcem "incutindo dinamismo de modo a que, com honra, coragem e humanidade" se prossiga o "valioso legado histórico do Exército".
"Orgulhoso do seu historial, guiado pelos valores militares, ciente da sua imprescindibilidade, assente na competência, espírito de sacrifício, dinamismo e criatividade dos soldados que o integram, o Exército assegura tudo fazer para continuar a ser reconhecido pelos seus sucessos e pela permanente disponibilidade para cumprir Portugal", concluiu o general na sua intervenção em Guimarães.
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