A cimeira começou com mais de uma hora de atraso devido ao nevoeiro que não permitiu a chegada à hora prevista dos helicópteros que transportaram o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e parte da delegação espanhola.
O primeiro-ministro português, António Costa, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, recebeu às 10:38 Pedro Sánchez na Alameda de Santo André, tendo em seguida sido tocado o hino nacional dos dois países.
Algumas dezenas de pessoas manifestaram-se à margem do local, entre eles membros da plataforma para a reposição das SCUT A23 e A25, sindicalistas, Quercus e o Movimento Ibérico Antinuclear.
A comitiva de Espanha é a mais numerosa, com Pedro Sánchez, quatro vice-presidentes, seis ministros, seis secretários de estado e o embaixador espanhol em Portugal, enquanto do lado português, António Costa estava acompanhado de oito ministros, uma secretária de Estado e o embaixador de Portugal em Madrid.
Durante a manhã haverá uma série de reuniões bilaterais setoriais, uma delas entre os dois chefes de Governo, e a partir das 11:30 estava previsto um encontro entre todos os membros das duas delegações e, em seguida, uma conferência de imprensa dos dois chefes de Governo às 13:00.
Portugal e Espanha deverão aprovar a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, que irá beneficiar 1.551 freguesias, cerca de metade delas portuguesas, e abarca uma área correspondente a 62% do território nacional, beneficiando diretamente mais de 1,6 milhões de portugueses e cinco milhões de habitantes dos dois lados da fronteira.
Essa estratégia para as regiões que estão entre as mais pobres dos dois países prevê a criação de grupos de trabalho que levem à criação da figura de trabalhador transfronteiriço e de um documento único de circulação para harmonizar a passagem de menores entre Portugal e Espanha.
António Costa e Pedro Sánchez vão estar também presentes, depois do almoço, numa cerimónia onde será apresentado um estudo sobre “A Projeção Internacional do Espanhol e do Português: O potencial da proximidade linguística”.
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