Cláudia Abrantes candidatou-se ao prémio na vertente de ilustração, para desenhar “O livro que não sabia o que queria”, a narrativa de Mário Martins que venceu o mesmo prémio na vertente de texto.
Estando atribuídas as duas categorias, os premiados vão repartir 50.000 euros e terão aquele livro editado em novembro.
Para o júri, a proposta de Cláudia Abrantes foi considerada a melhor, entre as 800 candidaturas submetidas, pela “criatividade revelada no desafio de dar imagem aos episódios de um peculiar livro em aberto”.
O júri da vertente de ilustração integrou André Carrilho, Bernardo Carvalho, Eduardo Corte-Real, Marta Madureira e Sara Miranda, em representação do Grupo Jerónimo Martins.
Cláudia Abrantes tem 39 anos, formação em design gráfico e fotografia e vive em Lisboa.
Em nota de imprensa, a organização conta que a ilustração é um passatempo de Cláudia Abrantes e que os filhos e o gosto por livros infantis foram a inspiração para a proposta de ilustração.
Márcio Martins, criativo publicitário de 43 anos, venceu em maio o prémio por uma “narrativa divertida, que reflete sobre si mesma, interpelando o universo das histórias infantis clássicas e questionando a rigidez das suas categorias, regras e convenções”, justificou o júri.
O Prémio de Literatura Infantil, criado em 2014 por aquela empresa de retalho, é considerado o prémio literário com o valor mais elevado em Portugal na área do livro para a infância.
Esta décima edição, entre as categorias de texto e ilustração, recebeu mais de 3.600 candidaturas.
“De onde vêm as bruxas?”, de Joana Lopes e Luís Belo, foi o primeiro livro publicado no âmbito deste prémio, seguindo-se, entre outros, “Há monstros no túnel”, de Diogo Pécurto e Maria Isabel Silva, “O Narciso com pelos no nariz”, de Andreia Penso Pereira e Ana Granado, e “Leituras e papas de aveia”, de António Pedro Martins e Duarte Carolino.
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