De acordo com o Jornal de Notícias (JN), o ex-militar, agora empresário, foi detido pela Polícia Judiciária quando ia no carro em direção ao aeroporto, para depois fugir para a África do Sul. Levava com ele malas de viagem.
Diz ainda o JN que Paulo Nazaré estava a ser monitorizado por inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção há vários meses e que a fuga se deu na segunda-feira de manhã após ter sabido da realização de buscas no âmbito da "Operação Miríade".
A Polícia Judiciária (PJ) executou, a 8 de novembro, 100 mandados de busca e fez 11 detenções, incluindo militares, um advogado, um agente da PSP e um guarda da GNR, no âmbito da Operação Miríade, num inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais que “se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas”, com vista ao branqueamento de capitais.
Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) revelou que alguns militares portugueses em missões da ONU na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios no tráfego de diamantes”, adiantando que o caso foi reportado em dezembro de 2019.
Entre os 11 arguidos que foram detidos na segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ) estão militares, ex-militares, nomeadamente Comandos, um agente da PSP – do comando metropolitano de Lisboa –, um guarda da GNR em formação e um advogado.
Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que da rede criminosa fazem ainda parte várias dezenas de pessoas e cerca de 40 empresas, algumas que funcionavam como “fachada” para os negócios.
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