A Convenção Nacional do BE, na qual Catarina Martins deverá ser reconduzida pelos delegados no cargo de coordenadora nacional, começa no dia em que passam três anos da assinatura dos acordos que viabilizaram o Governo minoritário do PS.
Em entrevista à agência Lusa na véspera da reunião magna do partido, a coordenadora do BE antecipou que será “um momento de grande debate sobre linhas para o futuro”, destacando que o partido “tem neste momento uma convergência grande de direção sobre os caminhos que tem de seguir”.
“Também uma aprendizagem destes anos. Nós temos a convenção quando faz três anos que assinámos o acordo com o PS, que permitiu tirar a direita do Governo. É um momento de balanço tanto do que se conseguiu como de tudo o que está para fazer”, anteviu.
Para a líder bloquista, “o Bloco é o que sempre foi, mas com mais força faz-se mais caminho”, sendo este um momento em que o partido “se confronta com as próprias responsabilidades acrescidas que teve”.
A debate e a votação nesta XI Convenção Nacional irão três moções de orientação política, reunindo a moção A, intitulada “Um Bloco mais forte para mudar o país”, as principais tendências bloquistas uma vez que tem como proponentes Catarina Martins, o líder da bancada parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, e a eurodeputada do partido, Marisa Matias.
Na eleição dos 625 delegados que decorreu no passado fim de semana, a moção afeta à atual direção conseguiu 523 delegados, enquanto a moção M, “Um Bloco que não se encosta”, teve 47 delegados e a moção C, “Mais democracia, mais organização”, um resultado que corresponde a 12 delegados.
No Pavilhão Municipal do Casal Vistoso os trabalhos começam às 11:00, com a votação do regimento e a eleição da mesa que vai dirigir os trabalhos, estando prevista a primeira intervenção de Catarina Martins na Convenção do BE pelas 12:00.
Para hoje está ainda prevista, para além das intervenções dos inscritos, a discussão e votação das propostas de alteração aos Estatutos, assim como a apresentação das Moções de Orientação Política, a cargo de um representante de cada um dos documentos.
Já no domingo são conhecidos os resultados das eleições para a Mesa Nacional e da Comissão de Direitos, sendo ainda votadas as Moções de Orientação Política, seguindo-se a sessão de encerramento da Convenção Nacional.
Segundo o texto da moção mais votada na última reunião magna do partido, “a Comissão Política (CP) elege um Secretariado, responsável entre reuniões da CP pela condução política e organizativa, e é coordenada pelo/a dirigente que encabeça a lista mais votada à Mesa Nacional”, o que determinou que Catarina Martins deixasse de ter o cargo de porta-voz e retomasse o papel de coordenadora.
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