O Comité Parlamentar sobre a Competição Estratégica entre os Estados Unidos e o Partido Comunista Chinês pediu na quarta-feira ao FBI para utilizar a lei Rodchenkov para investigar os 23 nadadores chineses que testaram positivo mas não foram sancionados em 2021, um caso que agitou a Agência Mundial Antidopagem (AMA).
A Lei Rodchenkov, aprovada em dezembro de 2020, permite que os Estados Unidos processem qualquer pessoa, independentemente da nacionalidade, implicada num sistema internacional de doping.
“Este escândalo levanta sérias questões legais, éticas e competitivas e pode constituir uma estratégia mais ampla de doping patrocinado pelo Estado da República Popular da China, destinada a competir injustamente nos Jogos Olímpicos, como a Rússia já fez”, escreveram os eleitos da Câmara dos Representantes (câmara baixa do parlamento norte-americano) John Moolenaar (republicano) e Raja Krishnamoorthi (democrata) na carta.
A AMA foi abalada há quase um mês, depois de o jornal norte-americano New York Times e a televisão alemã ARD terem revelado que, apenas alguns meses antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, 23 nadadores chineses testaram positivo para trimetazidina – que pode melhorar o desempenho — e nunca foram punidos.
A agência antidopagem norte-americana Usada acusou a AMA de encobrir o caso.
“A Usada é financiada pelo Governo americano e esse governo tem atualmente uma relação fria com o Governo chinês. Poderá haver uma ligação?”, reagiu o antigo presidente da AMA, o canadiano Richard Pound.
Metade do financiamento da AMA provém do Comité Olímpico Internacional.
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