Durante uma sessão muito aguardada do Parlamento, reunido segunda-feira em Tobruk (leste), esta comissão encarregada de acompanhar as eleições apresentou um relatório que conclui que seria arriscado fixar uma nova data neste momento, opondo-se assim à data de 24 de janeiro proposta pela Comissão Eleitoral (HNEC) da Líbia.

A comissão parlamentar recomendou, por outro lado, a criação de um “novo calendário realista e aplicável, definindo as etapas, em vez de fixar novas datas e cometer novamente os mesmos erros”.

Num relatório lido aos deputados pelo seu presidente, Al-Hadi al-Sghayer, propôs também a criação de uma comissão para elaborar uma constituição, abolida pelo antigo regime de Muammar Kadhafi em 1969, e apelou a uma “remodelação do executivo”.

As eleições presidenciais foram adiadas pela Alta Comissão Nacional Eleitoral (HNEC) líbia, a menos de 48 horas da data agendada para a sua realização, devido a divergências na base jurídica para a realização do escrutínio.

A realização destas eleições presidenciais foi proposta para ajudar a unificar o país após uma década de guerra civil, mas multiplicavam-se os apelos para um adiamento, mesmo face aos receios de um vazio perigoso, nomeadamente a nível de segurança, se tal acontecesse.

As primeiras eleições “nacionais” após o acordo de reconciliação firmado em outubro de 2020 sob patrocínio da ONU deveriam ser o culminar de um processo difícil de pacificação do país, às quais se seguiriam as legislativas, marcadas para um mês depois.

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