“A Gazprom interrompeu completamente as suas entregas de gás à GasTerra B.V. [nos Países Baixos] devido a sua recusa em fazer os pagamentos em rublos”, anunciou a gigante russa num comunicado divulgado na rede social Telegram.
Em resposta às sanções impostas pela União Europeia (UE) pela invasão russa na Ucrânia em 24 de fevereiro, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, exigiu que os compradores de gás russo de países “hostis” paguem em rublos, sob pena de serem privados do fornecimento do produto, apesar dos contratos firmados preverem pagamentos em euros ou dólares.
O grupo GasTerra recusou tal medida e exigiu o cumprimento das obrigações contratuais, observando que os pagamentos em rublos apresentam “um risco de violação das sanções estabelecidas pela UE”.
Os Países Baixos dependem da Rússia em cerca de 15% do seu suprimento de gás, ou cerca de seis mil milhões de metros cúbicos por ano, segundo o Governo holandês.
Isso é menos do que a média europeia de 40%, mas como outros países europeus, os Países Baixos está a tentar reduzir a sua dependência do gás russo.
A decisão da gigante russa de energia significa que dois mil milhões de metros cúbicos de gás não serão fornecidos aos holandeses até outubro, alertou a GasTerra, acrescentando que “antecipou esta situação ao comprar gás de outros lugares”.
A Rússia já havia cortado o fornecimento de gás, pelos mesmos motivos, à Finlândia, Bulgária e Polónia.
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