O jornal sublinha que o excesso de velocidade continua a ser a infração mais frequente e em oito anos, 3119 condutores ficaram sem carta.

Segundo o balanço da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) a que o JN teve acesso, desde que o sistema entrou em vigor, em 2016, 870 884 condutores tiveram pontos subtraídos na carta, mais de metade só nos anos de 2022 e 2023. Já nos primeiros cinco meses deste ano, foram retirados pontos a 35 509 utilizadores.

Sabe-se ainda que cerca de 75% dos condutores penalizados nos últimos oito anos perderam apenas dois pontos dos 12 pontos iniciais, o mínimo retirado por uma contraordenação grave. Mais ainda, do universo de 3.619 infratores que esgotaram os pontos na carta, 3.119 tiveram mesmo o título de condução cassado, estando os restantes 500 em fase de notificação.

As localidades onde se perde mais pontos na carta são os distritos do Porto e Lisboa, que registam 5700 contraordenações por mês.

O JN refere ainda que das quase 800 mil infrações registadas desde 2016, o excesso de velocidade ocupa 71,5% do total, seguido da utilização do telemóvel, que vale três pontos na carta, com 9,26%. A condução sob o efeito de álcool, mais penalizadora, só aparece na quinta posição, com 3,27%, atrás da violação das regras e sinais de trânsito, que representa 8,73%, e das irregularidades nos seguros (3,83%).

Sabe-se também que dos 5519 condutores obrigados a fazer um exame teórico de condução, por terem apenas até três pontos, 543 reprovaram e arriscam-se a perder a carta. Já dos 3715 condutores com quatro ou cinco pontos e que são chamados a frequentar uma ação de formação, 257 também podem ficar sem conduzir por não terem comparecido.

Para se consultar quantos pontos se tem na carta de condução, os cidadãos devem inscrever-se no Portal das Contraordenações Rodoviárias. De acordo com a ANSR, há 721.126 utilizadores inscritos, em 6.760.276 condutores com o título de condução ativo, mais 16% do que em 2023, diz o Jornal de Notícias.