“Autorizar a presença de público nos eventos desportivos é urgente. Não só pelo que eles representam no dia a dia da população (…) (e porque são) fonte fundamental para a sustentabilidade de clubes e federações que vivem dias economicamente difíceis”, alertou o organismo.
Enquanto nos eventos culturais é permitido ter público, casos de teatros, cinema e, mais recentemente, touradas, ao desporto continua a ser vedada a presença popular, exceção à Fórmula 1, que regressa este ano a Portugal, em tempos de covid-19.
“Tendo em conta que o país retoma a sua normalidade, a CDP apela ao Governo para que no próximo Conselho de Ministros tome a decisão de permitir a presença de público em todos os eventos desportivos, uma medida que peca por tardia e consideramos ser urgente implementar em nome da sustentabilidade do movimento associativo desportivo”, reforça a entidade.
A CDP aplaude a “abertura de espírito” demonstrada pela tutela em relação à cultura, contudo entende que a mesma deveria ser “extensível a um fenómeno que tem também muito a ver com a cultura dos povos como o são as competições desportivas”.
“Autorizar o regresso de público é também um voto de confiança por parte do Governo às federações, que estão mais que preparadas para assegurar todas as condições sanitárias no que diz respeito ao coronavírus”, completa.
Quinta-feira, o Governo aprovou a abertura das atividades desportivas que ainda estavam encerradas, confirmando a retoma competitiva das modalidades coletivas de pavilhão, sem a presença de público, em vigor desde 01 de agosto.
Em março, a pandemia ditou a paragem do desporto mundial, sendo que em Portugal as modalidades de pavilhão deram, prematuramente, por encerradas as suas épocas desportivas, ao contrário do futebol que voltou aos relvados e concluiu a temporada, com vários dirigentes a reclamar a presença de adeptos.
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