Este modelo, em que António Costa fará um balanço da atividade do Governo e do PS nos últimos anos, e em que Pedro Nuno Santos falará sobre o futuro, tendo em vista as eleições legislativas de 10 de março, foi avançado à agência Lusa quer pela equipa de Pedro Nuno Santos, quer por elementos da Comissão Organizadora do Congresso (COC).
Nos anos 70, 80 e 90, nas organizações do PS, ou da JS, era tradição os responsáveis máximos cessantes fazerem o primeiro discurso dos congressos para prestação de contas sobre o exercício da atividade nos cargo.
Mas essa tradição foi sendo progressivamente quebrada, sobretudo a partir de 2011, quando José Sócrates, que se demitiu de secretário-geral do PS após ter perdido as eleições legislativas para o PSD de Pedro Passos Coelho, optou por não estar presente no congresso de setembro desse ano que consagrou a liderança de António José Seguro.
Depois, em 2014, António José Seguro também se afastou da vida política do PS logo após ter perdido em setembro desse ano as eleições primárias para António Costa e esteve ausente no congresso de dezembro de 2014.
“Este modelo, em que António Costa fala na sexta-feira sobre o PS e o Governo até aqui, e Pedro Nuno Santos fala sobre os desafios que o partido vai enfrentar, mostra que há uma estreita coordenação entre o ainda primeiro-ministro e o novo secretário-geral do PS”, referiu à agência Lusa fonte da direção cessante dos socialistas.
Na sexta-feira à noite, o congresso abre com os cerca de 1600 delegados a elegerem a Comissão de Verificação de Poderes, a mesa do congresso e o presidente do partido, cargo ao qual Carlos César se recandidata sem oposição.
No sábado, de manhã, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), o congresso começa com uma intervenção de fundo do presidente do PS, seguindo-se a apresentação das moções de estratégia de orientação política das candidaturas de Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião.
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