A recomendação ocorreu numa reunião entre representantes do CFM e o Presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília.
“O Conselho Federal de Medicina não recomenda o uso da hidroxicloroquina. O que estamos a fazer é a dar ao médico brasileiro o direito de, junto com o seu paciente, em decisão compartilhada com o paciente, utilizar essa droga. Uma autorização, não é recomendação”, disse o presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, à imprensa brasileira após a reunião.
Segundo Mauro Ribeiro, não há “nenhuma evidência científica forte” sobre a eficácia da substância no tratamento da covid-19, mas o órgão explica que em algumas situações a medicação será permitida.
Os médicos poderão receitar a hidroxicloroquina, tanto em pacientes com quadros graves que estão internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), como em pacientes com quadros leves e até mesmo no início do tratamento, mas terão de ter autorização dos pacientes ou dos familiares.
A hidroxicloroquina já é usada no tratamento da malária e outras doenças no Brasil.
Quando os efeitos da substância em tratamentos contra o novo coronavirus começaram a ser testados, o Presidente brasileiro tornou-se um defensor do seu uso e chegou a comprar insumos para produzir a substância em larga escala da Índia.
Segundo dados divulgados na quarta-feira, o Brasil registou 45.757casos confirmados do novo coronavirus e 2.906 mortes, dados que colocam a taxa de mortalidade da doença em 6,4% no país.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 184 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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