“O senhor Edmundo González ignora a Constituição e as leis da República, que são as leis de todos os venezuelanos”, disse Amoroso no seu primeiro discurso do dia, no qual assegurou que 95% das mesas de voto já estavam operacionais e a receber eleitores em todo o país.
O responsável criticou o líder da Plataforma Democrática Unida (PUD) por se recusar a assinar um acordo proposto unilateralmente pelo Presidente e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, que foi assinado por oito concorrentes, que se comprometeram a reconhecer o resultado emitido pelo CNE no final do dia, um compromisso já assumido anteriormente pelo bloco da oposição com a assinatura do Acordo de Barbados sobre garantias eleitorais.
“Desejamos-lhe o melhor para a sua saúde, mas ele não veio”, insistiu Amoroso, que nomeou os partidos políticos que apoiam cada candidato, exceto os que apoiam González Urrutia e o ex-deputado Enrique Márquez “porque também não apareceram para assinar o acordo”.
A este respeito, Márquez disse que está disposto a reconhecer os resultados mas, recordou, os 10 candidatos devem ter “acesso aos boletins de voto” emitidos por cada mesa de voto para corroborar o boletim oferecido pelo CNE, pois então “o reconhecimento é automático”.
“Temos o direito de não o assinar e temos razão em não o assinar na altura em que foi apresentado e da forma como foi apresentado. Sou um democrata, conheço a questão eleitoral como a palma da minha mão. Conheço a CNE como a palma da minha mão”, sublinhou o candidato, que foi vice-presidente do órgão eleitoral.
Apesar das declarações de Amoroso, não existe qualquer disposição legal ou constitucional que obrigue os candidatos a assinar um compromisso de reconhecimento prévio dos resultados eleitorais.
No entanto, o presidente do órgão eleitoral destacou outra questão que é rigorosamente cumprida, a proibição de divulgar resultados antes da CNE, por isso advertiu a PUD a não falar sobre os resultados, embora o bloco anti-Chávez não tenha dito que pretende antecipar os dados oficiais
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