A Academia das Ciências de Defesa de Pyongyang realizou, no sábado, um “teste de controlo balístico de projéteis de calibre 240 mm disparados por lançadores múltiplos de foguetes” para desenvolver um “sistema de controlo” para este tipo de arma, disse a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.

O novo lançador de foguetes “vai ser reavaliado” e a utilização em campo de batalha aumentada, indicou a KCNA.

Dotada de armas nucleares, a Coreia do Norte declarou, este ano, a Coreia do Sul “inimigo principal”, fechou as agências dedicadas à reunificação e ameaçou entrar em guerra perante qualquer violação territorial.

Na sexta-feira, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reiterou que não hesitará “em destruir” o vizinho a sul em caso de ataque, qualificando Seul de “principal nação hostil e inimigo imutável”.

No mês passado, a Coreia do Norte efetuou disparos de artilharia com fogo real perto de duas ilhas fronteiriças com a Coreia do Sul, que deu ordem de retirada dos habitantes e respondeu com exercícios de artilharia.

Kim Jong-un também intensificou os testes de armamento, nomeadamente com uma série de lançamentos de mísseis de cruzeiro.

De acordo com observadores, o Norte poderá fornecer este tipo de armas à Rússia para serem usadas na guerra na Ucrânia.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, prometeu uma resposta firme em caso de ataque de Pyongyang, pedindo às Forças Armadas sul-coreanas para, em caso de provocação, “atuarem primeiro e apresentar relatórios depois”.

Desde que chegou ao poder em 2022, o dirigente sul-coreano reforçou a cooperação na defesa com os Estados Unidos e o Japão, sobretudo através de manobras conjuntas alargadas, para contrariar as ameaças crescentes de Pyongyang.

Os dois países terminaram a Guerra da Coreia (1950-53) com a assinatura um armistício, mas não um tratado de paz.