Várias viaturas com agentes chegaram à residência de Yoon no centro de Seul, que está cercada por um grande dispositivo policial, de acordo com os correspondentes da AFP. Cerca de 20 agentes foram vistos a entrar na residência, mas ainda não há nenhuma confirmação se os agentes conseguiram entrar na residência ou ainda se encontram barrados pelos seguranças do presidente sul-coreano.

Yoon Suk-yeol, que está impedido de sair do país, encontra-se na sua residência oficial em Seul, confirmou o seu advogado à agência de notícias AFP. Segundo a YTN, citada pela Reuters, cerca de 2800 polícias estão mobilizados para a execução do mandato. A equipa jurídica do presidente sul-coreano apresentou recurso contra o mandado de detenção, argumentando que é “ilegal e inválido”.

O chefe do Departamento de Investigação sobre a Corrupção de Altos Funcionários (CIO), Oh Dong-woon, alertou que qualquer pessoa que tentasse impedir a detenção de Yoon poderia ser processada. Um tribunal emitiu também mandados de busca na residência oficial de Yoon e noutros locais, disse um funcionário do órgão à AFP.

Desde a tentativa de impor a lei marcial na Coreia do Sul, a 3 de dezembro, Yoon não demonstrou qualquer arrependimento e a sua recusa sistemática em submeter-se às perguntas dos investigadores levantou receios de que uma tentativa de detenção pudesse terminar em violência, agravando a já difícil situação do caso.

É a primeira vez na história da Coreia do Sul que um Presidente em exercício é alvo de uma ação judicial do género. Yoon Suk-yeol continua a ser oficialmente o Presidente, enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a sua destituição, adotada em 14 de dezembro pela Assembleia Nacional.

Atualmente, está suspenso do cargo e espera-se que o tribunal confirme ou rejeite a destituição até meados de junho.

Yoon surpreendeu o país a 03 de dezembro ao declarar lei marcial e enviar o exército para o parlamento. Foi forçado a recuar algumas horas mais tarde, sob pressão dos deputados e de milhares de manifestantes.

O antigo procurador, de 64 anos, não respondeu por três vezes às convocatórias para ser interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado, o que levou a que fosse pedido um mandado de captura.

*Com agências.