"Às 06H42 (hora local), a Coreia do Norte disparou um míssil balístico da área de Sinpo em direção ao Mar do Japão", revelou o ministério sul-coreano em comunicado.
O míssil voou cerca de 60 quilómetros, precisou o ministério, acrescentando que Estados Unidos e Coreia do Sul estão a calcular a sua trajetória para puderem determinar o tipo do projétil.
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD na sigla original), encarregado da segurança aérea de Estados Unidos e Canadá, confirmou o disparo e informou tratar-se de um míssil de médio alcance do tipo KN-15. No entanto, "não representava uma ameaça para a América do Norte".
O Comando do Pacífico dos EUA destacou que "está plenamente comprometido a trabalhar estreitamente com nossos aliados japoneses e da Coreia [do Sul] para manter a segurança".
Segundo o Comando do Pacífico, um míssil balístico de médio alcance foi lançado às 06h42 de quarta-feira e caiu no Mar do Japão nove minutos depois.
O Japão condenou o disparo, que viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o disparo constitui uma "provocação grave" que "viola claramente as resoluções do Conselho de Segurança" e esclareceu que "é possível que [a Coreia do Norte] faça novas provocações".
A inquietação na Península é cada vez maior pelo suposto avanço dos programas nuclear e balístico da Coreia do Norte, que se encontra a tentar desenvolver um míssil de longo alcance capaz de atingir o território norte-americano com uma ogiva nuclear.
Até ao momento, terão ocorrido pelo menos cinco testes nucleares, dois deles no ano passado. Em fevereiro, Pyongyang disparou quatro mísseis, três dos quais caíram perto do Japão, num teste que tinha como objetivo simular um ataque a bases norte-americanas no arquipélago.
ONU condenou prontamente os disparos, impondo sanções logo durante o primeiro teste nuclear norte-coreano em 2006. Porem, não conseguiram dissuadir Pyongyang.
A Coreia do Norte já fez cinco testes nucleares subterrâneos, dois deles em 2016, o que vem leva a crer que está a preparar mísseis intercontinentais com capacidade para carregar ogivas nucleares.
Este domingo, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse estar disposto a "resolver" por conta própria o problema com a Coreia do Norte, caso a China, principal aliada de Pyongyang, não coloque um ponto final às ambições militares norte-coreanas.
Trump tem agendado um encontro na próxima quinta-feira com o homólogo chinês, Xi Jinping, sendo que é sabido que a Coreia do Norte será um dos temas discutidos entre ambos.
Por seu turno, na segunda-feira, o ministério norte-coreano das Relações Exteriores considerou "irresponsáveis" os três dias de exercícios militares navais dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, que terminaram na quarta-feira.
De acordo com um porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela agência oficial KCNA, estas "ações irresponsáveis" colocam a península "à beira da guerra".
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