O anúncio aconteceu no dia em que o Presidente da Coreia do Sul pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que verifique o plano dos norte-coreanos para o encerramento do local dos testes nucleares, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).
A retirada de dezenas de altifalantes estava prevista no acordo de reconciliação assumido pelos líderes das coreias, no encontro da última sexta-feira.
Contudo, ainda não está claro se estas medidas podem trazer paz permanente, uma vez que não houve, na cimeira, nenhum grande avanço no impasse relativo à questão nuclear da Coreia do Norte.
Soldados sul-coreanos desmontaram os altifalantes em várias áreas da linha de frente, na presença de jornalistas, antes de os retirar da fronteira, disse o ministro da Defesa.
Um oficial militar da Coreia do Sul, que pediu anonimato, afirmou hoje que a Coreia do Norte também começou a retirar, ao início do dia, os seus altifalantes de propaganda.
Ambas as coreias cancelaram as emissões de propaganda ao longo dos 248 quilómetros da fronteira, na semana passada, antes do encontro entre os dois líderes.
Na sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, concordaram tomar medidas para a "completa desnuclearização" da península coreana e procurar pôr permanentemente fim à guerra, de acordo com a declaração conjunta que os dois dirigentes assinaram.
A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz, o que significa que os dois países continuam tecnicamente em guerra.
A cimeira, realizada na cidade fronteiriça sul-coreana de Panmunjom, foi a primeira entre líderes coreanos em 11 anos e Kim Jong-un foi o primeiro dirigente norte-coreano a pisar solo da Coreia do Sul desde o fim da guerra que separou os dois países.
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