Num novo balanço hoje divulgado, o ECDC refere que “o rápido aumento do número de casos notificados pode ser parcialmente atribuído à melhoria dos protocolos de testes e investigações epidemiológicas das autoridades chinesas”.
A organização indica que, como a fonte original permanece desconhecida e a transmissão entre humanos foi documentada, “são esperados mais casos e mortes”.
São igualmente esperados outros casos entre os viajantes da província de Hubei, na China.
O ECDC recomendou às autoridades de saúde dos Estados-Membros da UE/EEE que permaneçam vigilantes e para reforçarem a sua capacidade de resposta a um evento deste tipo.
“O impacto da deteção tardia de um caso importado num país da UE/EEE sem a aplicação de medidas adequadas de prevenção e controlo de infeções seria elevado, uma vez que aumentaria o risco de transmissão adicional na comunidade”, prossegue a organização europeia.
Segundo o governo chinês, o vírus já matou 56 pessoas na China e infetou mais de dois mil, uma contaminação que deve acelerar nas próximas semanas.
O vírus foi inicialmente detetado no mês passado num mercado de mariscos nos subúrbios de Wuhan, a capital da província de Hubei, que é também um importante centro de transporte doméstico e internacional, mas alastrou-se, entretanto, a várias províncias chinesas.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Casos de coronavírus foram, entretanto, detetados nos Estados Unidos, França, Canadá, Austrália, Singapura, Malásia, Tailândia, Japão, Vietname, Coreia do Sul e Nepal.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde informou hoje que o caso suspeito de infeção em observação em Lisboa foi negativo, após realização de análises laboratoriais.
Trata-se de um homem que tinha regressado de Wuhan no sábado, e que foi internado no Hospital Curry Cabral em situação estável.
Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
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