“Vários ‘stakeholders’ do turismo europeu, como o World Travel & Tourism Council (WTTC), Hotrec, European Travel Comission (ETC), entre outros, vieram avisar que 900.000 postos de trabalho dos setores das viagens e do turismo podem estar em risco na Europa, caso venham aí novas regras que restrinjam as viagens”, lê-se no último boletim diário da AHRESP.
Por outro lado, as entidades que representam o setor privado e o turismo na Europa avisaram que 35.000 milhões de euros podem ser “arrancados” da região com as novas limitações às viagens.
A associação pede assim que o Governo português tenha em conta estes alertas e o respetivo impacto das medidas de restrição às viagens no trabalho e, de forma geral, na economia.
Citada pela agência EFE, a presidente do WTTC, Julia Simpson, defendeu ser “urgente” restaurar a confiança nas viagens, em vez de gerar “maior incerteza”.
Julia Simpson sublinhou ainda que, na União Europeia (UE), 65% da população já está totalmente vacinada, pedindo aos governos que não invertam os “avanços alcançados nos últimos meses”.
Voltar a aplicar restrições às viagens implicaria “consequências catastróficas para os empregos”, vincou.
No mesmo sentido, o presidente do ETC, Luís Araújo, afirmou que a UE deve “evitar mais incertezas”, pedindo que os Estados-membros trabalhem “em conjunto para garantir a liberdade de circulação”.
Para este responsável, as taxas de vacinação, o certificado europeu e os protocolos de segurança tornam “completamente possível” a realização de viagens em segurança.
A covid-19 provocou pelo menos 5.156.563 mortes em todo o mundo, entre mais de 257,51 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.353 pessoas e foram contabilizados 1.126.318 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
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