Na missiva a que a Lusa teve acesso, o presidente da ABZHP, António Fonseca, salienta que, decorridos dois meses desde o encerramento do setor, não foi ainda definida uma data, nem condições para a reabertura dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, como aconteceu com outros setores.
Em risco, refere a associação, estão cerca de 1.200 postos de trabalho diretos e cerca de 100 estabelecimentos que têm encargos mensais na ordem dos milhares de euros com o pagamento de rendas que oscilam os 5.000 euros e 12.000 euros mensais, direitos conexos e de autor e encargos com financiamento bancários.
Na carta dirigida ao Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, António Fonseca diz que o setor foi desprezado, assim como a associação, que dirigiu à Direção Geral da Saúde um pedido de agendamento de reunião para discutir soluções para a reabertura destes estabelecimentos e que duas semanas depois ainda não obteve resposta.
Na quarta-feira, António Fonseca, tinha já avançado algumas destas medidas, acusando à data o Governo de desprezar o setor durante a pandemia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.184 pessoas das 28.319 confirmadas como infetadas, e há 3.198 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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