Em declarações à agência Lusa, Carlos Cabecinhas explicou que “só estarão presentes as pessoas necessárias e diretamente implicadas nas celebrações”.

Como é habitual nos outros anos, as celebrações decorrerão no recinto de oração do santuário, mas sem a presença de peregrinos, uma vez que este estará encerrado.

“A entrada de peregrinos nos espaços do santuário, entre a tarde do dia 12 e a hora do almoço do dia 13, não será possível. Os espaços estarão todos inacessíveis, incluindo o recinto de oração, que será encerrado”, frisou.

Carlos Cabecinhas explicou que “o objetivo é evitar qualquer tipo de aglomeração de pessoas ou ajuntamentos”.

“A mensagem que é importante e que as pessoas devem ter presente é que não poderão entrar no recinto de oração, não poderão participar em qualquer celebração e, por isso, não devem vir”, pediu.

Questionado sobre as medidas de segurança adotadas para a eventualidade de, apesar deste apelo, os peregrinos decidirem deslocar-se ao santuário, Carlos Cabecinhas referiu que aquelas competem às autoridades.

“Sempre foi assim. Nós respeitamos a sua atuação e articulamos o que tem de ser articulado, que é a parte de vigilância dos nossos espaços”, acrescentou.

O reitor reiterou o sentimento de “profunda dor” por, pela primeira vez na sua história, o Santuário de Fátima não acolher peregrinos, que são “a razão de ser” do seu quotidiano.

“Ainda assim, sabemos que tomámos a decisão correta, porque foi a decisão mais responsável”, considerou, acrescentando que esta se baseou “na saúde e na segurança dos peregrinos, na sequência desta pandemia e das decisões das autoridades”.

Apesar de a presença dos peregrinos não ser possível fisicamente, Carlos Cabecinhas disse que o santuário não prescinde “da sua oração, da sua presença espiritual”.

“O santuário estará vazio, mas não estará deserto. Os peregrinos serão os mais presentes na celebração, não temos dúvidas”, realçou.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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