A informação foi divulgada hoje pelo governador Andrew Cuomo, o qual anunciou que vão ser enviadas para a cidade de Nova Iorque um milhão de máscaras, onde se regista o maior número de casos (6.211), sendo que 500.000 têm como destino Long Island City, que acumula mais de 1.500 infetados com o novo coronavírus.
O restante, de dois milhões, será distribuído por aquele Estado, que até sexta-feira tinha registado 35 mortes devido ao covid-19.
“A comunidade médica disse-me que as máscaras são uma prioridade. Não temos máscaras para responder as necessidades”, afirmou Cuomo, que sublinhou que estão a procurar “em qualquer parte do mundo” de equipamento médico para combater o impacto da pandemia.
O governador alertou que 54% dos novos contágios acontece em pessoas entre os 18 e 49 anos, aos quais reiterou a necessidade de cumprirem as regras que foram impostas para evitar a propagação do covid-19, como manter uma distância de dois metros.
Nas últimas horas foi reportado um aumento de 1.803 novos contágios no Estado.
Acrescentou que foram identificadas quatro instalações que podem converter-se em hospitais para responder à procura de camas.
Nova Iorque está a procurar aumentar de 50.000 para 75.000 as camas disponíveis para os doentes do novo coronavírus.
De acordo com o plano “Nova Iorque em Pausa”, que entra em vigor no domingo, 75% da força laboral tem de ficar em casa, as concentrações estão proibidas e é preciso manter uma distância de dois metros na rua. Apenas se mantêm abertas as empresas ou negócios considerados indispensáveis.
O Governo federal declarou estado de emergência em Nova Iorque, que regista cerca de metade de todos os casos dos Estados Unidos, o que facilita a alocação de fundos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 12.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos (mais 793 do que na sexta-feira) em 53.578 casos (mais 6.557, um recorde em 24 horas). Segundo as autoridades italianas, 6.062 dos infetados já estão curados.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 562 mortes (14.459 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.008 casos, tendo sido registados 3.255 mortes e 71.740 pessoas curadas.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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