“Pensamos que é preciso repor a 100%, mas efetivamente haveria necessidade de termos uma oferta ainda maior”, afirmou o coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira, em declarações à agência Lusa.
De acordo com o dirigente sindical, é necessário adaptar a oferta ao contexto atual de pandemia da covid-19.
“Nós verificámos, no período antes da pandemia, que muitos autocarros já andavam sobrelotados. Com a oferta a 100%, se é necessário limitar a oferta a dois terços para que haja a possibilidade de transporte de todas as pessoas, é preciso que haja mais autocarros”, observou.
José Manuel Oliveira avisou ainda que a reposição de oferta de transportes públicos deve ser concretizada em todo o país e não apenas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
“Esta reposição de oferta não pode ser apenas vista no contexto das áreas metropolitanas, mas em todo o país, porque todo o país necessita de uma política de mobilidade, na qual as empresas rodoviárias privadas de passageiros têm um papel a cumprir”, disse.
Na semana passada, o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Matos Fernandes, no 'podcast' do PS "Política com Palavra", afirmou que o país passará a ter oferta plena nos transportes públicos para fazer face ao aumento da procura devido à reabertura das escolas, "mesmo sabendo que a procura vai ser inferior a esses 100%".
O primeiro-ministro apelou, no mesmo dia, às empresas das duas Áreas Metropolitanas para que, sempre que possível, adotem diferenciação de horários na entrada dos funcionários para evitar aglomerações de pessoas nos transportes públicos, onde as regras já em vigor se mantêm.
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