A declaração conjunta entre a Fiocruz e a AstraZeneca diz respeito à aquisição do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), consumível biológico essencial para a produção do imunizante, informou hoje a Fundação brasileira, um dos principais centros de investigação médica da América Latina.

O compromisso firmado pelas instituições visa garantir disponibilidade de doses da vacina ainda no primeiro semestre do próximo ano.

“Com a garantia do insumo (IFA) importado, a Fiocruz poderá entregar, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), 120 milhões de doses de janeiro a junho do próximo ano, das quais 60 milhões com o IFA nacional e 60 milhões com o novo acordo”, explicou a Fiocruz em comunicado.

Segundo a Fundação, a disponibilidade deste volume de doses permitirá ao Ministério da Saúde estabelecer diferentes protocolos de vacinação e dispor da vacina para implementar doses de reforço nos grupos em que o antídoto for necessário.

O evento na sede da AstraZeneca, em Cambridge, contou com as participações do ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, do CEO Global da AstraZeneca, Pascal Soriot, e do presidente da AstraZeneca no Brasil, Carlos Sánchez-Luis.

“A Fiocruz está procurando antecipar-se aos possíveis cenários de evolução da pandemia para atender às demandas do Ministério da Saúde e da sociedade brasileira e a garantia desse IFA no início de 2022 permitirá essa flexibilidade”, avaliou Nísia Trindade.

Durante a visita, a presidente da Fiocruz e o presidente da AstraZeneca Brasil também assinaram uma carta de intenções para uma futura parceria entre a instituição britânica e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) no combate à diabetes, doença renal crónica e insuficiência cardíaca.

Com mais de 606 mil mortes e 21,7 milhões de infetados pelo covid-19, o Brasil é, em números absolutos, um dos três países mais afetados pela pandemia no mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia.

A covid-19 provocou pelo menos 4.969.926 mortes em todo o mundo, entre mais de 244,94 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.