Até esta terça-feira, segundo revelou ontem Graça Freitas na habitual conferência de imprensa sobre a pandemia, foram administradas em Portugal cerca de 32 mil vacinas. Ora, o país recebeu mais, mas este número reflete e segue o Plano de Vacinação. A notícia é avançada na edição de hoje do Público.
Francisco Ramos, coordenador do plano, em declarações ao diário, explica que a necessidade de guardar as vacinas para a segunda toma está prevista desde o primeiro dia pelo que grande parte daquelas que não foram utilizadas será na sua maioria para assegurar as segundas doses daqueles que já levaram a primeira.
Ontem, a Diretora-Geral da Saúde alertou que "vacinar não significa abandonar critérios de proteção" e que, "mesmo em relação às pessoas vacinadas, nem todas vão ficar imunizadas" pois não só a vacina "não é 100% eficaz e ainda não temos imunidade de grupo" como ainda necessitam da já mencionada segunda dose.
Recorde-se também que a Agência Europeia de Medicamentos desaconselha adiar a segunda dose da vacina Pfizer-BioNTech além dos 42 dias, numa altura em que Alemanha e Bélgica admitem administrar a primeira dose a mais pessoas e adiar a segunda além dos 21 dias prescritos — e que garante que a imunização possa chegar ao patamar dos 95%.
O coordenador indicou adicionalmente também que das 70.200 doses que chegaram no segundo lote de vacinas da Pfizer, cerca de 20 mil foram para os Açores e Madeira.
A campanha de vacinação no país contra a covid-19 iniciou-se em 27 de dezembro nos hospitais, abrangendo os profissionais de saúde, e na segunda-feira estendeu-se aos lares de idosos. Portugal estima receber 79.950 entregas em cada uma das quatro semanas de janeiro e nos próximos meses deve receber mais 2,2 milhões.
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