"Estou tranquilo. A escola tomou as medidas necessárias e nós estamos seguros", contou à agência Lusa Renato Santos, aluno do 12.º ano, que se preparava para entrar naquela escola nos arredores de Coimbra, onde ia ter aulas de português e matemática.

Apesar de considerar que a experiência do ensino à distância não correu bem, o jovem de 17 anos está confiante em relação aos exames, por apenas ter que fazer o de matemática.

"Acho que até vai ser mais fácil do que era suposto ser", acrescentou.

Já Sara Filipe, de 20 anos, acredita que a preparação para os exames "vai ser um pouco mais difícil", mas tem a expectativa de que, por causa da situação de pandemia, os próprios exames sejam "um pouco mais acessíveis".

Outra estudante, Beatriz Antunes, de 18 anos, foi ter aula de história e admitiu "muito receio" no regresso à escola, tendo chegado a "ponderar ficar em casa".

No entanto, contou que decidiu ir à aula, frequenta o 12.º ano, por causa do medo "de depois não conseguir estudar para o exame sozinha" e de prejudicar o seu futuro.

Porém, na aula de português que o professor Fernando Sá deu hoje de manhã, não se sentiu qualquer receio.

"Não lhes senti grande ansiedade. A ansiedade havia quando esta nova maneira de ensino começou, mas os miúdos têm estado tranquilos - todos mascarados e distanciados, mas o bom ambiente que sempre existiu na turma mantém-se", notou o docente de 65 anos, que referiu que, dos seus alunos, estiveram todos presentes, com exceção de dois do ensino profissional que não compareceram.

David Marques, que se preparava para ter uma aula de história, admitiu alguma estranheza no regresso à escola.

"Já estamos fora do ritmo e depois, com todas estas restrições, é algo que nunca sentimos nem experienciámos, mas vamos tentar que seja muito próximo da normalidade", disse.

Segundo o aluno de 19 anos, o ensino à distância foi "bom", salientando o "esforço extraordinário" dos professores que "foram sempre muito acessíveis".

Os receios, vincou, surgem mais quando se pensa nos exames.

"Há muita gente que depende da nota do exame para o que quer seguir e para o futuro que quer ter e sente-se agora um pouco pressionado e pode pensar que não está suficientemente preparado para os exames nacionais. Mas eu acho que estamos bem preparados e vai tudo correr bem", salientou.

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