Segundo o chefe do departamento político do grupo Jaich Al-Islam, Yasser Delwane, uma das duas principais fações insurgentes em Ghouta, um grupo de doentes em estado crítico deve ser retirado hoje “através do ponto de passagem de Wafidine”.
Jaich al-Islam divulgou na segunda-feira um acordo negociado “através da ONU com a Rússia (…) para retirar os feridos em várias etapas”.
O principal ponto de passagem entre o enclave rebelde e a capital de Damasco, Wafidine está localizado a nordeste da cidade de Douma, a maior cidade da última fortaleza insurgente nos arredores de Damasco submetidos a um regime ofensivo há mais de três anos.
As ambulâncias do Crescente Vermelho sírio estavam estacionadas hoje junto à área controlada pelo exército sírio pronta para entrar no enclave, de acordo com um correspondente da Agência France Presse.
A mesma fonte indicou que as equipas da ONU também já chegaram ao cruzamento de Wafidine, incluindo o coordenador humanitário da ONU na Síria Ali al-Zaatari.
“Feridos e outros casos em estado crítico de saúde serão retirados neste dia (terça-feira) com civis”, disse uma fonte ao exército sírio sem especificar o número.
A região de Ghouta oriental é alvo desde 18 de fevereiro de uma ofensiva das forças sírias, apoiadas pelo aliado russo, que já matou mais de mil civis, entre os quais 229 menores, e feriu outros 4.378, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
As forças do regime de Assad já conseguiram recuperar cerca de 60% do território do enclave, com cerca de 100 quilómetros quadrados e onde residem 400.000 pessoas.
Mais de mil pessoas precisam de evacuação médica urgente na parte rebelde do Ghouta, segundo a ONU.
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