Segundo o Ministério Público, Pedro Dias atirou sobre Liliane Pinto, de 26 anos ,que acabaria por morrer em abril, cerca de meio ano depois do marido Luís Pinto e do militar da GNR Carlos Caetano terem falecido, avança o Jornal de Notícias.
Como a mulher do GNR, e funcionária da Santa Casa da Misericórdia, conseguiu ainda sobreviver meio ano, o MP decidiu separar os processos para evitar qualquer tipo de pendências. Por essa mesma razão só agora, três meses após a morte de Liliane, existe uma acusação autónoma.
Liliane e o marido, Luís Pinto, foram atacados por Pedro Dias, depois de este os ter abordado, na Estrada Nacional 229, quando os dois viajavam de carro com destino a Coimbra para uma consulta de fertilidade. O homem que viria a ficar conhecido como o 'fugitivo de Aguiar da Beira' matou Luís no local, deixando a mulher no local inconsciente. Soube-se mais tarde que Liliane tinha sofrido um traumatismo crânio-encefálico depois das várias pancadas que levou na cabeça.
No dia 30 de março deste ano, o Ministério Público da Guarda deduziu acusação contra Pedro Dias pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro.
O arguido suspeito da prática dos crimes de Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, foi ainda acusado de crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas, lê-se num comunicado publicado no sítio de internet da Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra.
O inquérito teve início em 11 de outubro de 2016, na sequência dos homicídios de um militar da GNR e de um cidadão residente em Trancoso, e das tentativas de homicídio de um outro militar da GNR e de uma cidadã também de Trancoso, sendo que estas duas vítimas e uma outra pessoa de Arouca foram ainda sujeitas a sequestro.
Pedro Dias esteve desaparecido desde o dia 11 de outubro, data em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro, em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda - um morreu e um outro ficou ferido - até ao dia 8 de novembro, data em que se entregou-se à PJ, em Arouca, num ato testemunhado pela RTP e pelo Diário de Coimbra.
[Notícia atualizada às 22h43]
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